CRESCE O ASSÉDIO MORAL EM TEMPOS DE PANDEMIA
E TRABALHO REMOTO

“Pensando no trabalho remoto, quando a divisão entre casa e
trabalho é rompida, vemos muitas pessoas trabalhando nos feriados,
fins de semana. Não tem mais horário para a cobrança de tarefas”,
aponta pesquisador
"Pensando no trabalho remoto, quando a divisão entre casa e
trabalho é rompida, vemos muitas pessoas trabalhando nos
feriados, fins de semana. Não tem mais horário para cobrança de
tarefas", afirma médico do trabalho
por Gabriel Valery
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, com a maior adoção
do chamado trabalho remoto (home office), criam-se espaços para o
crescimento do assédio moral. A conclusão é do professor e
coordenador do colegiado do curso de Medicina da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Fernando Ribas Feijó.
“Pensando no trabalho remoto, quando a divisão entre casa e
trabalho é rompida, vemos muitas pessoas trabalhando nos feriados,
fins de semana. Não tem mais horário para a cobrança de tarefas”,
disse, durante debate sobre o tema.
Por outro lado, existe o fato de que profissionais estão sendo
pressionados a retornarem às suas atividades presenciais, mesmo
com a pandemia apresentando números elevados relativos ao
contágio. Entretanto, Feijó faz questão de pensar que, no trabalho
remoto, as dificuldades e a precarização seguem lógicas ampliadas
de exploração.
“Muitos estão trabalhando muito, mesmo que de forma remota.
Diversas questões estão surgindo, o assédio moral está crescendo
bastante. Uma situação que chama a atenção é o excesso de
reuniões virtuais e atividades”, completa. Desta forma, o que
acontece é uma espécie de refinamento do assédio, segundo ele... CONTINUA